16 novembro 2008

Joan as Police Woman @ Olga Cadaval

Joan Wasser, que se apresenta como Joan as Police Woman (e não Policewoman como já nos foi apontado, right?), veio inaugurar a sua Tour Outono/Inverno em Portugal, apresentando-se ao vivo em Guimarães e em Sintra, no Centro Cultural Olga Cadaval, dias 8 e 9 de Novembro respectivamente.
Joan veio apresentar o seu mais recente album, To Survive, lançado este ano, que veio suceder ao seu album de estreia, Real Life, de 2006. Traz também na bagagem a sua experiência ao lado de grandes nomes da música alternativa como Antony dos Antony and the Johnsons (que participa na faixa I Defy do primeiro album de Joan) ou Rufus Wainwright (também com uma participação, desta vez no mais recente album, na faixa To America, dedicada ao ex-presidente americano Bush).
Numa sala que muito se adequava à sua sonoridade (talvez pelas cores da sala, o ambiente que proporcionava, a relativa intimidade que criava, como um pequeno CCB onde alguns amigos se juntam para partilhar alguma cultura limpa), esperava uma plateia muito heterogénea na idade, mas entusiasmada para receber esta artista vinda do outro lado do oceano. Muito bem disposta e comunicativa, Joan entra em palco juntamente com o seu baterista, Parker Kindred, e baixista, Timo Ellis, para dar início a um concerto de cerca de hora e meia que abarcou grande parte das músicas de ambos os albuns.
Sempre bem disposta, com um riso muito solto e espontâneo, Joan brindou o público não só com os seus maiores sucessos de Real Life, como Christobel, Eternal Flame ou I Defy, mas também com as novas músicas compostas para o album que promove, como To Be Loved ou To America, canção esta com que terminou a primeira parte, referindo que, finalmente, após
três anos a criticar o governo americano (critica esta presente nesta música), poderá deixar de o fazer. Joan mostrou ser igualmente muito comunicativa ao longo do concerto, tecendo comentários quer à sala (muito alta, boa para trapezistas e Cirque du Soleil, "boa ideia para a próxima tour!"), à cidade (já muitas vezes recomendadas, "but you must know that already", muitas cores na arquitectura), aos problemas técnicos e ao degrau do palco onde o baixista se sentou, sempre acompanhados de um riso muito contagiante.
Salientam-se as interpretações de Joan sozinha ao piano, em To Be Lonely, To Survive ("a lullaby, feel free to fall asleep") e Real Life, esta última já em encore, que demostraram não só o seu virtuosismo ao piano, mas também a voz poderosíssima e a capacidade de, juntando estes dois instrumentos, proporcionar um momento arrepiante e intimista que tanto deleitou a plateia.
As vozes de Timo e Parker e a guitarra que por vezes tocava, completavam os in
strumentos que surgiram em palco e que fizeram com que a noite de Domingo passado se tenha tornado especial para muita gente.
Não posso, de forma nenhuma, esquecer a presença de Joan e do resto da banda na zona de merchandise, após o fim do concerto, onde esteve, ela própria, a vender os seus albuns, t-shirts e afins, a dar autógrafos a todos, sempre com o cuidado de soletrar bem o nome de cada um, e agradecendo, com um olhar cheio de sinceridade e satisfação, cada elogio ao concerto e à sua música. Joan Wasser, ou Joan as Police Woman, revelou-se uma artista emotiva, acessível, bem-disposta e humilde, que torna a música vinda do outro lado do oceano ainda mais rica.

Confirma-se, o Jeff estava em boas mãos.

Joan As Police Woman - To Be Loved

15 novembro 2008

"Nem nos soube bem"...

Boa noite:) Muito haveria a dizer sobre este filme, mas penso que ontem com a nossa ópera improvisada em minha casa tudo ficou esclarecido. Divirtam-se com o vídeo seguinte e tentem não se revoltar com o que faz aos vossos ouvidos:P



:P*

14 novembro 2008

Keane no coliseu de Lisboa


Antes de mais,deixem-me dizer-vos que este é um assunto acerca do qual eu sou fortemente suspeita. Os keane são uma das minhas bandas de eleição e eu ansiava pela chegada do dia 12 de Novembro desde meados de Setembro, quando comprei o bilhete. Cheguei à rua do coliseu às 16h e 30 min e lá esperei até que as portas de abrissem, o que aconteceu às 20h e depois de uma breve a precipitada corrida, consegui ficar numa posição algo privilegiada, uma vez que só tinha duas pessoas entre mim e a grade e o palco devia estar a menos de 3 metros de onde eu me encontrava. A primeira parte foi bastante melhor do que eu esperava, A Rita Redshoes fez um bom trabalho, ela que não só canta muito bem, como as canções eram bonitas e conseguiram cativar alguma atenção dos espectadores ansiosos pela chegada da actuação principal da noite. Quando às 22h os keane entraram no palco, deu-se início a uma noite que pelo menos para mim foi inesquecível. O espectáculo abriu com o The lovers are losing e Better than this, dois temas do mais recente álbum Perfect symmetry, seguidos dos clássicos Everbody’s changing e Nothing in way way, voltando em seguida aos ritmos mais recentes com Again and again e You don’t see me. Em seguida This is the last time e um enérgico Spiralling (que Tom Chaplin introduziu dizendo: “I saw a poster saying “I’ve been waiting for this moment to come”, well, I think the moment has come for you”) encheram o coliseu. Depois seguiu-se um mini-concerto acústico. Tom Chaplin interpretou Bend and Break sozinho, tocando guitarra acústica, e depois a banda tocou versões acústicas de Try again e We might as well be strangers. Os novos ritmos voltaram You haven’t told me anything, seguido de A bad dream e Perfect symmetry que Tom anunciou como sendo na sua melhor composição até à data e como sendo uma canção de esperança, que após os acontecimentos recentes nos EUA (eleição de Barack obama) soava especialmente adequada. Os clássicos voltaram em força com Somewhere only we konw (canção que deu nome ao meu blog) e um explosivo Crystal ball. A encore pedida pela audencia inclui uma musica de cada álbum comçando com Black burning heart, seguido de Is it any wonder? e terminando com Bedshaped. A despedida foi dita com as seguintes palavras do vocalista e guitarrista Tom chaplin “what more can I say, this means so much to us” e “we knew lisbon would be the final night in this tour and we also knew it would be the most celebratory” e dito isto pegou uma bandeira portuguesa que alguém no publicou lhe dera e pendurou-a no seu microfone antes de cantar a ultima canção da noite. A banda teve na mina opinião um boa actuação, com uma performance notável do grupo, e revelando que Tom Chaplin é um guitarrista competente. A banda mostrou ainda grande entusiasmo, com Tom a cantar frequentemente junto a borda do palco ou mesmo fora dele e junto ao publico, a audiência soube responder bem à dedicação deles cantando a plenos pulmões todas a canções tocadas como se fossem singles de sucesso. Eles prometeram voltar em breve. Eu espero que sim.

09 novembro 2008

Desafio SECA

Desafio SECA: Que músicas é que a nossa rising star Adek estará a ouvir/cantar/interpretar?
Uma semana para as respostas!

Música nr1:


Música nr2:

01 novembro 2008

Reciclagem musical IX

Esta 9ª e ultima reciclagem musical (seguindo uma sugestão da Amanda e da Laura), recua consideravelmente menos no tempo, até 2001, ano em os britânicos Muse lançaram o seu segundo álbum Origin of symmetry. Uma das canções deste álbum, chama-se citizen erased e tal como muitas outras deste grupo inglês (deste e de outros álbuns) tem bastante que se lhe diga.

"Citizen Erased"

Break me in,
Teach us to cheat
And to lie, cover up
What shouldn't be shared?
All the truth unwinding
Scraping away
At my mind
Please stop asking me to describe him

For one moment
I wish you'd hold your stage
With no feelings at all
Open minded
I'm sure I used to be so free

Self expressed, exhausting for all
To see and to be
What you want and what you need
The truth unwinding
Scraping away
At my mind
Please stop asking me to describe

For one moment
I wish you'd hold your stage
With no feelings at all
Open minded
I'm sure I used to be so free

For one moment
I wish you'd hold your stage
With no feelings at all
Open minded
I'm sure I used to be so free

Wash me away
Clean your body of me
Erase all the memories
They will only bring us pain
And I've seen all I'll ever need

Se pararmos um pouco para pensar, a vida vista de fora parece-se um pouco com um imenso baile de mascaras. Todas as pessoas acabam por se esconder por detrás de representações mais ou menos próximas de si mesmas, num teatro interminável e em constante mudança, onde nada pode ser dado como certo. Onde todos se escondem, onde todos parecem ser aquilo que não são, esforçam-se por ser aquilo que os outros esperam que eles sejam em cada momento. Mas neste teatro complexo e imprevisível é fácil sentirmo-nos perdidos, desejando que a peça pudesse parar por momentos, para podermos tentar compreender-lhe as regras, pudéssemos ver os verdadeiros rostos que se escondem atrás das máscaras, pudéssemos questionar o que acontece a nossa volta, sermos mais livres de seguir outros rumos. Por outro lado, tanto nos esforçamos por ser o que é esperado de nós, o que sentimos ser o que os outros precisam, esquecemo-nos de sermos simplesmente nós mesmos, acabamos por não conhecer verdadeiramente as pessoas à nossa volta, se construímos tudo com base se algo que acaba por não ser verdade, e quando esta vem ao de cima, tudo caí como uma castelo de cartas.