28 outubro 2007

Gregor Mendel (1822-1884)


Inspirada pelas aulas de genética hoje resolvi dedicar este post ao pai da genética, Gergor Mendel. Mendel nasceu no império Austro-húngaro, na actual República Checa. Estudou física e matemática na Universidade de Viena e era monge no mosteiro de S. Tomás em Brno (hoje a segunda cidade da República Checa). Este mosteiro tinha de particular o facto de muitos dos seus monges de dedicarem ao ensino e à investigação cientifica e seguindo esta tradição Mendel passou vários anos a estudar ervilhas e o modo como determinadas características eram transmitidas às gerações seguintes. Mendel efectuou o seu estudo de um modo extremamente metódico e rigoroso usando os seus vastos conhecimentos de matemática e botânica, e dos seus estudos surgiram as duas leis de Mendel que ainda hoje são leis fundamentais da hereditariedade, aquela que estuda a passagem de determinado gene à descendência, chamada em sua homenagem hereditariedade mendeliana. A sua primeira lei, a lei da segregação e diz que durante a formação de gâmetas cada par de alelos separa-se e apenas um deles entra da constituição genética desse gâmeta, e essa separação ocorre ao acaso. A segunda lei de Mendel ou lei da segregação independente, diz que a separação de cada um dos pares de alelos ocorre de modo independente, ou seja a separação de um par de alelos não influencia a separação dos restantes. Mendel foi o primeiro a utilizar as designações de alelo dominante, descrevendo aqueles que se manisfestam mesmo apenas com uma cópia, e alelos recessivos que apenas se manifestam estam presentes duas cópias. Também a ele se devem as designações homozigótico (aqueles cujos dois alelos do mesmo par são idênticos) e heterozigótico (aqueles cujo par de alelos é formado por dois alelos diferentes). O reconhecimento das suas descobertas durante a sua vida foi bastante limitada e Mendel desiludido decidiu dedicar-se ao mosteiro, chegando a ser abade do mesmo. A importância das descobertas de Mendel só foi reconhecida no início do século XX. (Fontes consultadas: A Breve Historia de Quase Tudo; Human Genetics: Concepts and applications)

1 comentário:

ADEK disse...

hmmmm....passamos da pausa musical de micro para o Mendel da Genética. Não sei se foi um bom timing para ler o post, logo depois de estar uma tarde inteira a desenhar árvores genealógicas e esquemas mendelianos que nem louca para tentar perceber qual a probabilidade dos bisnetos da Rute e da Joana virem a ter a síndrome das fraldas azuis... Enfim...

Fora isso, adorei ler o post. Sempre me fascinou a forma como Mendel conseguiu mudar a nossa visão das ervilhas:)***(pode parecer irónico, mas não é...eu adoro e fascino-me com alterações de pontos de vista...)