
Este sábado tive o prazer de ver este filme,
Transamérica, um filme nomeado para os Óscares de 2005 (duas nomeações, entre elas Melhor Actriz Principal para Felicity Huffman, mais conhecida como dona-de-casa desesperada). Trata da história de uma mulher transexual (Felicity Huffman) que, a uma semana da operação que concluirá o processo de transformação, descobre que tem um filho (Kevin Zegers) de uma relação heterossexual de há 17 anos, filho este que está detido. A sua terapeuta recusa dar-lhe a autorização para a cirurgia enquanto ela não resolver o assunto para poder tratar do seu passado. É então que Bree viaja para Nova Iorque para tirar o filho da prisão, sem nunca lhe contar realmente quem é, e iniciam uma viagem pela América, cada um perseguindo o seu sonho: realizar a operação de mudança de sexo e tornar-se uma estrela de filmes pornográficos (no caso do filho...).
Este era aproximadamente o resumo do filme que li nas costas do dvd, para além de dizer que era uma "comédia hilariante". Se não soubesse mais nada, diria que era uma daquelas comédias bem badalhocas tipicamente americanas, mas felizmente não é. É um filme fabuloso. Para quem não o viu e pretenda, não esperem gargalhadas incontroláveis, mas talvez uns risinhos e uns sorrisos de lado pelas situações, pelas personagens, pelos seus comentários e diálogos. E não esperem muita badolhoquice porque não há. Só um bocadinho, mas nada de chocante, me thinks. E olhem que sou impressionável (já dizia o outro...).

Antes de mais, este filme vale pela interpretação da Felicity Huffman. Não é fácil para uma mulher interpretar um homem que quer tornar-se mulher e ela fá-lo de uma forma soberba.
O olhar desconfiado de cada pessoa que a observa, o medo de ser descoberta, o cuidado com os gestos, as palavras ("Shit! I mean, darn."). O Kevin também faz bem o seu papel, especialmente aos meus olhos que sempre tiveram especial apreço pela sua pessoa... Mas, enfim, é um putozito na sombra dessa grande senhora que é a Felicity.
Enfim, é um filme com temas sérios, mas sem nos deixar tristes ou demasiado pensativos com isso. Deixo-vos com as minhas quotes favoritas que mostram o tipo de humor que este filme tem. (Há outras, mas só em contexto é que têm a piada que merecem).
Toby: Your parent's house is a lot nicer.
Bree Osbourne: My parent's house comes with my parents.
Bree Osbourne: God, my cycle's all out of whack.
Elizabeth Osbourne: You don't have cycles!
Bree Osbourne: Hormones are hormones. Yours and mine just happen to come in purple little pills.
1 comentário:
kevin zegersssss:P também gostei imenso do filme:) original. Não foi o que estava à espera, não sei pq. Acho que por ter sido tão aclamado no contexto de óscares, não esperava um filme tão divertido e alternativo:)
Enviar um comentário