28 dezembro 2008

Jerusalém


Caríssimas Secas,

Tinha saudades de ler. E tinha especialmente saudades de ler livros destes. Literatura pura, com temas densos, personagens fortes, comuns (de certa forma), uma escrita muito bem estruturada, complexa mas perfeitamente compreensível, e uma evolução da história gradual e com muitos saltos. Este é o meu tipo de escrita. Lembra-me José Luis Peixoto, a caríssima Virginia, o Kundera e afins. Sinto-me em casa a ler livros destes e, mais do que tudo isso, dão-me uma vontade louca de pôr cá para fora a minha escrita, que, por vezes, acredita conseguir ser semelhante a esta. Leiam.

O que vocês querem realmente saber é sobre o que trata o livro. Basicamente, como qualquer boa história, fala de várias personagens que se interligam de alguma forma e que, numa certa noite, os seus destinos se cruzam. Conhecemos a Mylia, uma louca que casou com o médico e investigador Theodor Busbeck, com uma teoria interessante sobre o Horror no mundo, conhecemos Hanna e o seu chulo, que mete medo às crianças e anda sempre com uma arma nas calças, conhecemos Kaas, o filho deficiente, Ernst, o esquizofrénico, e Gomper, o director do hospício. (E não, não gosto só porque tem loucos à mistura...) Queria contar-vos como todas estas personagens se interligam e como vamos aprendendo sobre cada uma delas, mas isso seria estragar-vos a surpresa. Repito: leiam.

E peçam ao Bernardo mais boas sugestões.

E boas entradas em 2009! Que vos traga muitas alegrias e me traga mais jeitinho para comentar livros!

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